Buscar a simetria é um mantra para o cirurgião plástico. Seja na cirurgia das mamas, orelhas, pálpebras ou mesmo uma cicatriz abdominal. Comparamos um lado com o outro, medimos a cicatriz, avaliamos o volume. No pós-operatório, é a vez dos pacientes. Se olham no espelho ou em fotos. Avaliam o resultado cirúrgico, comparam os lados.
Apesar de essa ser uma rotina no universo da cirurgia plástica, trago aqui um questionamento: será a simetria assim tão importante?
Vamos pegar o exemplo de uma das mulheres mais bonitas do mundo, a Gisele Bündchen.
Trace uma linha imaginária no rosto dela, passando pelo nariz e compare os lados. Muitos já fizeram isso e ela foi incluída na lista das mulheres mais simétricas e bonitas do mundo. Contudo, se prestar muita atenção, vai reparar que algumas assimetrias estão presentes.
Algumas pessoas já experimentaram duplicar o rosto das pessoas mais simétricas do mundo, tornando-as 100% simétricas. Olhe o resultado...
Qual Gisele é mais bonita?
Podemos fazer o mesmo com mais artistas e teremos a mesma conclusão. A assimetria faz parte da harmonia do rosto! É bonito ser assimétrico!
Esse entendimento é fundamental. Claro que continuarei buscando a maior simetria possível, buscando a excelência de resultado estético. Entretanto, na grande maioria das vezes não será possível 100%. A mama pode ter alturas diferentes no tórax, a orelha pode ter posicionamentos diferentes e a estrutura óssea pode mudar o contorno de uma pálpebra.
O resultado estará um pouco assimétrico e está tudo bem! O importante é que esteja bonito, harmônico. A visão tem que ser do todo. Desde que sejam mínimas, as assimetrias não geram prejuízo estético final, fazem parte do nosso corpo.