É indiscutível que as orelhas de abano são as deformidades de orelhas mais comuns, todos conhecemos pelo menos 1 pessoa que tem ou que já operou.
O segundo lugar das deformidades congênitas mais frequentes é ocupado pelas orelhas constritas, também conhecidas como lop ou cup ear. Este termo foi dado de forma perfeita, já que a impressão que temos é que foi passada uma corda nas bordas das orelhas e puxada, diminuindo o seu diâmetro e estreitando. As orelhas constritas são menores e mais afastadas da cabeça, com um formato que lembra um copo ou um pote. Assim, surgiu o outro termo, a cup ear.
As orelhas constritas podem ser leves ou mais severas. Inclusive há uma classificação para isso – classificação de Tanzer:
1. Só a hélice está comprometida, algumas vezes só na parte de cima.
2. Hélice e escafa comprometidas,
3. Caso mais extremo, com formato tubular, quase como microtia. Pode estar associada a estenose de canal auditivo.
Como ocorre com as orelhas de abano, o tratamento dessa deformidade é bem estabelecido e pode ser realizado de duas formas:
A. Modelagem de orelhas: esse tratamento é realizado em consultório, sem necessidade de procedimento cirúrgico. É indolor ao bebê, com ótimos resultados! Deve ser iniciado ainda no primeiro mês de vida.
B. Otoplastia: o procedimento cirúrgico para a correção das orelhas constritas ou cup ears deve ser realizado a partir dos 6 anos de idade, quando já temos um crescimento adequado das orelhas. O procedimento cirúrgico pode ser coberto por convênios médicos.
Os pacientes com orelhas constritas sofrem da mesma forma que aqueles com orelhas de abano. Muitos sofrem bullying na infância e apresentam impactos na auto-estima, algumas vezes até afetando a personalidade adulta. Essa é a maior indicação para o tratamento dessas deformidades.
Agende sua consulta ou de algum familiar que possua a deformidade para entender mais do tratamento e de como podemos melhorar a sua qualidade de vida!