O piercing é um acessório de adorno muito comum e já faz muito tempo!!
Muito antes de cristo já era utilizado de forma simbólica para etapas da vida ou posição hierárquica na sociedade. Atualmente é mais empregado como adorno estético.
Por diversas vezes já me perguntaram qual é o meu posicionamento como Cirurgião Plástico. “Você é a favor ou contra?”
A resposta é sempre simples: “cada um é dono de seu próprio corpo, mas é necessário saber o que pode dar errado”.
O que quero dizer é que é válida a colocação de piercings, mas poucas pessoas se atentam à forma que é realizado e poucos profissionais informam quais são as potenciais complicações do procedimento.
Por isso, sempre recomendo que procure um local consagrado no procedimento e confirme se utilizam material esterilizado e técnica asséptica (higiene adequada). Já se percebe que a principal complicação é a infecção da orelha.
A cartilagem tem pouca irrigação de sangue. Com menos sangue, menos células de defesa chegam ao local. Assim, uma infecção bacteriana pode se alastrar, destruindo todo a cartilagem no local e criando uma orelha desfigurada, muitas vezes chamada de “couve-flor”.
Contudo, nem toda infecção leva a este resultado. Principalmente se for rapidamente identificada e tratada.
Se colocou um piercing na orelha ou no nariz e a região começou a mudar, procure atendimento médico especializado rapidamente. As principais alterações que sugerem infecção são:
• Dor
• Inchaço
• Vermelhidão
• Calor local
• Mudança de formato
Casos identificados precocemente são tratados com antibióticos e cuidados locais. Se a infecção for leve, o piercing pode ser mantido, desde que haja um seguimento de perto com o cirurgião plástico. Casos mais graves ou que não estejam melhorando exigem a retirada do piercing.
Se o paciente não for tratado adequadamente ou se o tratamento não foi efetivo, a infecção pode virar uma pericondrite crônica ou recidivante (muitas vezes chamada apenas de condrite). Nesta situação, pode ser necessária a drenagem cirúrgica de pus, retirada de tecido que tenha sofrido necrose e até drenagem da orelha. Após a melhora local, a reconstrução pode ser realizada com cartilagem ou com material sintético (polietileno poroso).
Lembre sempre de atuar na prevenção: realizar em local com experiência, bem indicado e com técnicas assépticas adequadas. Caso tenha alguma intercorrência, procure um médico especializado para te ajudar.
Realizo esse tratamento individualizado tanto na fase aguda quanto na reconstrução. Entre em contato pelo nosso telefone, WhatsApp ou mídias sociais para mais informações.