Com certeza esse é um dos assuntos mais falados e com mais dúvidas no universo da cirurgia plástica. Isso ocorre pois a diástase abdominal é extremamente frequente. Agora é o momento de entender todos os pontos e acabar de vez com qualquer dúvida!
A tal da diástase abdominal...
Quando ocorre o aumento do conteúdo do abdômen, a parede de músculos é pressionada para fora. Nesta parede estão os músculos oblíquos e os músculos retos abdominais, que ficam na frente, ao redor do umbigo. Sim, esses são os músculos mais cobiçados para a definição do abdômen! Com o aumento da pressão de dentro para fora, ocorre um afastamento desses músculos na linha média, acima e abaixo do umbigo, o que chamamos de diástase dos retos abdominais.
E por que é tão frequente?
A principal causa de aumento abdominal e diástase é a gestação! Isso mesmo, essa é a principal alteração no corpo feminino após a gravidez. O crescimento da criança aumenta o volume do útero e pressiona a musculatura, afastando os músculos retos abdominais. Após o parto, eles retornam de forma parcial, mantendo um certo afastamento. Um músculo mais forte possui mais tônus, o que faz resistir mais à pressão e retornar de forma mais fácil. Portanto, a diástase costuma ser maior nas pacientes que não praticam atividades físicas antes, durante e depois da gestação.
A consequência para o corpo
A diástase dos retos abdominais diminui o tônus da nossa parede muscular, fica mais flácida. Estando mais “frouxa”, o formato muda consideravelmente.
- A cintura fica menos marcada, principalmente abaixo das costelas
- O conteúdo do abdômen acaba “escorregando” para baixo, dando o aspecto popularmente conhecido como “pochete”.
A correção cirúrgica
Uma vez explicada a diástase dos retos abdominais, entendemos que o principal objetivo da sua correção é o aumento do tônus da parede abdominal e correção de flacidez. Esse procedimento é algo fundamental na cirurgia plástica pós-parto ou o popularmente chamado “Mommy makeover”. A correção da diástase é realizada através de uma sutura, unindo os músculos retos abdominais na linha média, a linha do umbigo. Esse procedimento pode ser realizado tanto na abdominoplastia clássica ou quanto na miniabdominoplastia. A sutura é tecnicamente chamada de plicatura dos retos abdominais.
Após a plicatura, o tônus da parede abdominal aumenta, mudando nossa percepção do abdômen e podendo ver o que realmente está sobrando de pele e gordura. Assim, a ressecção de qualquer excedente deve ser sempre realizada após a plicatura.
O pós-operatório da abdominoplastia
A alta hospitalar ocorre no dia seguinte. A paciente acorda em seu quarto, é ensinada pelas enfermeiras como se levantar e como andar sem prejudicar a plicatura dos retos abdominais. Inclusive essa é a principal preocupação após o procedimento. Além da tradicional cinta, sempre prescrevo uma faixa para evitar a contração dos retos abdominais e uma eventual abertura dos pontos. Além disso, é muito importante respeitar a restrição de movimentos, principalmente quanto à retomada de atividades físicas.
Muitas pacientes ficam com medo da dor. Sempre comento que vai sentir um desconforto quando for levantar ou se ajeitar, mas não há sofrimento. Quando sentir algo a mais, os analgésicos simples, como Novalgina e Tylenol, resolvem o problema!
Uma boa notícia
O procedimento é coberto pelos convênios de saúde! A diástase dos retos abdominais é uma deformidade gerada pela gestação. Assim, é uma plástica reparadora, coberta pelos convênios médicos.
O objetivo desse texto é gerar um entendimento do procedimento, de seus motivos, passos e cuidados essenciais. Sempre reforço tudo nas consultas pré-operatórias. Além disso, identifico as necessidades individuais de cada paciente, como a indicação de lipoaspiração associada ou como e quando retornar ao trabalho.
Se ficou interessada no procedimento, entre em contato conosco e agende a sua avaliação!